segunda-feira, 30 de março de 2015

Löwendenkmal





O Monumento do Leão (em alemão: Löwendenkmal), ou Leão de Lucerna, é uma escultura em Lucerna, na Suíça. Concebida por Bertel Thorvaldsen, homenageia os Guardas Suíços que foram massacrados em 1792 durante a Revolução Francesa, quando revolucionários invadiram o Palácio das Tulherias em Paris, França. O escritor norte-americano Mark Twain (1835–1910) elogiou a escultura de um leão mortalmente ferido como "o mais lúgubre e tocante peça em pedra no mundo."

A iniciativa de criar o monumento partiu de Karl Pfyffer von Altishofen, um oficial da Guarda Suíça que estava de licença em Lucerna quando a luta ocorreu, que começou a coletar dinheiro em 1818. O monumento foi concebido pelo escultor dinamarquês Bertel Thorvaldsen, e foi finalmente lavrado em 1820-21 pelo escultor Lukas Ahorn numa antiga pedreira de arenito perto de Lucerna.

O monumento é dedicado Helvetiorum Fidei ac Virtuti ("à lealdade e bravura dos suíços"). O leão moribundo é representado empalado por uma lança, cobrindo um escudo com a flor-de-lis da monarquia francesa; ao seu lado encontra-se um outro escudo com o brasão de armas da Suíça. A inscrição por debaixo da escultura lista os nomes dos oficiais, e o número aproximado dos soldados que morreram (DCCLX = 760), e sobreviveram (CCCL = 350).

A pose do leão foi copiada em 1894 por Thomas M. Brady (1849–1907) para o seu Leão de Atlanta, que comemora os soldados confederados desconhecidos sepultados no Cemitério de Oakland em Atlanta, na Geórgia. 




"O leão encontra-se no seu covil na face perpendicular de um pequeno penhasco — pois ele está gravado na rocha viva do penhasco. O seu tamanho é colossal, a sua atitude é nobre. A sua cabeça está arqueada, a lança partida está espetada no seu ombro, a sua pata protetora descansa sobre os lírios de França. Vinhas pendem do penhasco e acenam ao vento, e um curso de água límpido goteja do topo para um pequeno lago na base, e na suave superfície do lago espelha-se o leão, por entre os nenúfares.

Em seu redor há árvores verdes e relva. O local é refugiado, repousando num recanto de de um bosque, remoto do barulho, do tumulto e da confusão — e tudo isto se adapta, pois os leões morrem em tais locais, e não em pedestais de granito em praças públicas rodeado de muros com elaborados gradeamentos de ferro. O Leão de Lucerna seria impressionante em qualquer local, mas nunca tão impressionante como no local em que se encontra".

– Mark Twain, A Tramp Abroad