sexta-feira, 24 de maio de 2013

Orgulho & Preconceito

Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance Orgulho & Preconceito, antes dos 21 anos de idade. Assim como em outras obra de Austen, o livro, publicado em 1813, é escrito de forma satírica e tem sua particularidade na forma em que a autora transcende o preconceito causado pelas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos feitos a outras pessoas. 

A autora revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e irônico ao livro. A escritora inglesa, apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz; capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso. O principal tema do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen, faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para a caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.


O romance retrata a relação entre Elizabeth Bennet e Fitzwilliam Darcy na Inglaterra do século XVIII. Lizzy possui outras quatro irmãs, nenhuma casada, o que a Sra. Bennet, mãe de Lizzy, considera um absurdo. 
Quando o Sr. Bingley, jovem bem sucedido, aluga uma mansão próxima à casa dos Bennet, a Sra. Bennet enxerga um possível marido para uma de suas filhas. Enquanto o vizinho é visto com bons olhos, o Sr. Darcy é mal falado. Lizzy,em particular, desgosta imensamente dele por ter ferido seu orgulho na primeira vez em que se encontram. A recíproca não é verdadeira; mesmo como uma má primeira impressão, Darcy se encanta por Lizzy, sem que ela saiba do fato. A partir daí o livro mostra a evolução do relacionamento entre eles e os que os rodeiam, inseridos na sociedade inglesa rural. (Edição Landmark)

Considerado por muitos a obra-prima de Jane Austen, é o meu favorito de seus romances, apesar dos outros também terem semelhante beleza, história cativante e um belo final. Orgulho & Preconceito mostra que nem sempre a primeira impressão é a verdadeira que temos em relação às pessoas, e o quão equívoca esta pode ser. Um clássico como todos os outros livros desta excepcional autora. Ganhou diversas versões tanto para o cinema como para a televisão. Deixo então as duas versões que mais aprecio: o filme de 2005 Orgulho & Preconceito (com as interpretações de Kiera Knightley e Matthew Macfadyen) e a série produzida pela BBC em seis episódios. 


Deixo algumas passagens do livro e filme: 


"Darcy era mais vivo. Era simultaneamente altivo, reservado e difícil de contentar, e seus modos, apesar de bem-educados, não atraiam. Neste ponto, o amigo levava vantagem. Bingley, onde quer que aparecesse, tinha a certeza de agradar, enquanto Darcy estava continuamente ofendendo as pessoas. (Capítulo IV)"



" - Eu pensei que a poesia fosse o alimento do amor - disse Darcy.
- De um amor benigno, decidido, vigoroso, sim. Tudo alimenta o que já está forte. Mas, se for apenas uma ligeira inclinação, acredito que um bom soneto seja capaz de deixá-la morrer à míngua. - retrucou Elizabeth."

"Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente." 

"O meu amor e os meus desejos permanecem inalterados. Mas basta uma única palavra sua para que nunca mais lhe fale no assunto."

"Se os seus sentimentos por mim não mudaram, eu devo dizer que enfeitiçou meu coração e minha alma e eu a amo, eu a amo."

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