sexta-feira, 24 de maio de 2013

Orgulho & Preconceito

Considerada a primeira romancista moderna da literatura inglesa, Jane Austen começou seu segundo romance Orgulho & Preconceito, antes dos 21 anos de idade. Assim como em outras obra de Austen, o livro, publicado em 1813, é escrito de forma satírica e tem sua particularidade na forma em que a autora transcende o preconceito causado pelas primeiras impressões e adentra no psicológico, mostrando como o auto-conhecimento pode interferir nos julgamentos feitos a outras pessoas. 

A autora revela certas posturas de seus personagens em situações cotidianas que, muitas vezes, causam momentos cômicos aos leitores, dando um caráter mais leve e irônico ao livro. A escritora inglesa, apresenta seu poder de expressar a discriminação de maneira sutil e perspicaz; capaz de transmitir mensagens complexas valendo-se de seu estilo a um tempo simples e espirituoso. O principal tema do livro é contemplado logo na frase inicial, quando a autora menciona que um homem solteiro e de grande fortuna deve ser o desejo de uma esposa. Com esta citação, Jane Austen, faz três referências importantes: a autora declara que o foco da trama será os relacionamentos e os casamentos, dá um tom de humor à obra ao falar de maneira inteligente acerca de um tema comum, e prepara o leitor para a caçada de um marido em busca da esposa ideal e de uma mulher perseguindo pretendentes.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Angel of Grief


Angel of Grief (Anjo do Sofrimento/Mágoa) é uma estátua de 1894 do escultor norte-americano William Wetmore Story que serve como o túmulo de pedra, ao artista e sua esposa Emelyn Story , no Cemitério Protestante (oficialmente denominado Cimitero acattolico) em Roma. Uma réplica feita em 1906 existe no Mausoléu de Stanford na Universidade de Stanford substituindo um criado em 1901, destruída no terremoto de São Francisco de 1906.

Na plataforma do monumento há a seguinte inscrição: "Este monumento fora o último trabalho de W.W.Story executado em memória a sua amada esposa. Ele morreu em Vallombrosa  em 7 de Outubro de 1895 com a idade de 78 anos."

A escultura é belíssima feita em ricos detalhes, a imagem do anjo em um eterno sofrimento ajoelhado no túmulo. 
              


             


sábado, 18 de maio de 2013

Ato I. Cena I.

BENVÓLIO - Perfeitamente; mas que dor as horas retarda de Romeu?
ROMEU - Não ter aquilo que, se o tivesse, as deixaria curtas.
BENVÓLIO - No amor?
ROMEU - Fora...
BENVÓLIO - Do amor?
ROMEU - Fora do amor de quem me traz cativo.
BENVÓLIO - Ah! que aparência tenha amor tão branda, mas, de fato, seja áspero e tirano.
ROMEU - Ah! que, apesar da venda, amor consiga descobrir seus caminhos sem fadiga. Onde iremos comer? Oh! que batalha por aqui houve? Mas não contes nada, que já soube de tudo. O ódio dá muito trabalho por aqui; mas mais, o amor. Então, amor brigão! Ó ódio amoroso! És tudo, sim; do nada toste criado desde o princípio. Leviandade grave, vaidade séria, caos imano e informe de belas aparências, chumbo leve, fumaça luminosa, chama fria. saúde doente, sono sempre esperto, que não é nunca o que é. Eis aí o amor que eu sinto e que me causa apenas dor. Não queres rir?
BENVÓLIO - Não, primo; chorar quero.
ROMEU - Por quê, bondoso amigo?
BENVÓLIO - Por ver que tens opresso o coração.
ROMEU - Do amor é sempre assim a transgressão. As dores próprias pesam-me no peito; mas agora redobras-lhes o efeito com mostrares as tuas; o tormento que revelaste, ao meu deu mais alento. O amor é dos suspiros a fumaça; puro, é fogo que os olhos ameaça; revolto, um mar de lágrimas de amantes... Que mais será? Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada. Adeus, primo.
(Faz menção de retirar-se.)
BENVÓLIO - Mais calma; irei também; se me deixardes não procedeis bem.
ROMEU - Ora, já me perdi. Não sou Romeu. Esse está longe. Está não sei bem onde.
BENVÓLIO - Dizei-me seriamente a quem amais.
ROMEU - Como! Precisarei gemer o tempo todo que te falar?
BENVÓLIO - Gemer? Oh, não! Mas dizer, em verdade, quem seja ela.
ROMEU - Mandai fazer o doente o testamento. Que idéia triste para o desalento! Primo, em verdade: adoro uma mulher.
BENVÓLIO - Acertado também nesse alvo eu tinha, ao vos imaginar apaixonado.
ROMEU - Ótimo atirador! E ela é formosa.
BENVÓLIO - Primo, acertar assim é grande dita.
ROMEU - Nisso vos enganais. Ela é catita. A seta de Cupido não cogita de bater nela. Sábia como Diana, a castidade é sua soberana. Do arco gentil do amor está amparada e, assim, da lenga-lenga apaixonada. Resistir pode a todos os assaltos dos olhares morteiros, não chegando nunca a cair-lhe no regaço a chuva de ouro que os próprios santos tem vencido. Oh! é rica em beleza, mais que bela, porque a beleza morrerá com ela.
BENVÓLIO - Então jurou que sempre há de ser casta?
ROMEU - Jurou; e sua avareza tão nefasta grandes estragos fez, pois a beleza com tal severidade, de fraqueza quase veio a morrer, tendo ficado sem prole alguma. Incrível atentado! É muito bela e sábia, sabiamente formosa para estar sempre contente com me fazer sofrer. Fez juramento de não amar jamais, um só momento. E nesse voto infausto eu vivo morto só de a todos contar meu desconforto.
BENVÓLIO - Por mim guiar te deixes nisso: esquece-a
ROMEU - Oh! A esquecer-me ensina o pensamento.
BENVÓLIO - Dá liberdade aos olhos; examina outras belezas.
ROMEU - Esse é o meio certo de mais consciente me tornar ainda de sua formosura em tudo rara. Essas felizes máscaras que as frontes beijam das jovens belas, sendo pretas pensar nos fazem que a beleza escondem. Quem chegou a cegar, jamais se esquece da jóia rara que perdeu com a vista. Mostrai-me uma mulher de inexcedível formosura; para algo servir pode, senão de sugestão para que eu leia quem a excedeu em tanta formosura? Não, nunca hás de ensinar-me o esquecimento.
BENVÓLIO - Hei de nisso empregar o meu talento.

(William Shakespeare. Romeu & Julieta. Ato I. Cena I.)

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Capítulo 22

"- O que eu acho é que as pessoas deviam questionar estes sentimentos de dúvidas em vez de questionar o que o coração mandou que elas fizessem. - Jud continuou, os olhos fixos nele. - Não acha que tenho razão, Louis? 
- Acho... - Louis respondeu de modo hesitante. - Acho que talvez esteja certo. 
- E as coisas que estão no coração do homem... Bem, às vezes ele não gosta muito de falar sobre elas, não é? 
- Bem... 
- Exato. - disse Jud, como se Louis tivesse simplesmente concordado. - Não gosta... - E com uma voz calma, tão firme e tão fria, naquela voz que, por alguma razão, podia dar calafrios em Louis, concluiu: - Existem coisas secretas. Achamos que só as mulheres são boas para segredos e acho que elas guardam alguns. Mas qualquer mulher, qualquer mulher que conheça alguma coisa, poderia lhe falar que nunca conseguiu ver o que realmente se passa no coração de um homem. O solo do coração de um homem é mais empedernido, Louis... como o solo que existe lá em cima, no velho campo onde os micmacs enterravam seus mortos. (mesmo a camada superficial do 'simitério' dos bichos era dura, pedregosa. Até chegar na terra mais macia.) Perto da superfície ha logo uma rocha... Mas um homem planta o que pode... e cuida do que plantou."

(O Cemitério. Stephen King. p.137)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Sadness in the Night - Tarja Turunen

Nesta noite sinto o frio da minha solidão, 
O frio que envolve meu coração,
Drenando minha força para lutar.
Somente para este sofrimento respirar...

Diga-me por quê?
Por que devo carregar esta cruz,
tão pesada para minha alma?
Por favor, enlace-me em seu amor.

Sou a guardiã de seu coração,
Fui enviada para proteger sua doçura...
Jamais esquecerei seu amor.
Jamais esquecerei a luz,
que brilhou em seus olhos.

Deixe-me voar, liberta-me.
Para ao lado dele ficar além desta vida.
Percorrendo pelo céu
Deixe-me ver o sol novamente.

Deixe-me morrer. 
Dai-me a luz. 
Esperando a morte bater em minha porta, para assim poder livrar-me da dor.
Minha eterna tristeza na noite.

Todo dia eu sonho,com um raio de sol, iluminando este quarto escuro.
Quero encontrar uma razão, um por que.
Para justificar minha razão de ainda viver
com esta dor...

Diga-me por quê? 
Por que devo carregar esta cruz?
Tão pesada para minha alma.
Por favor mantenha-me em seu amor.

Deixe-me morrer. 
Dai-me a luz. 
Esperando a morte bater em minha porta, para assim poder livrar-me da dor.
Minha eterna tristeza na noite.

Deixe-me morrer. 
Dai-me a luz. 
Esperando a morte bater em minha porta, para assim poder livrar-me da dor.
Minha eterna tristeza na noite.

Deixe-me morrer. 
Dai-me a luz. 
Esperando a morte bater em minha porta, para assim poder livrar-me da dor.
Minha eterna tristeza na noite...

Tradução feita por mim. Original: Sadness in the Night - Original Lyric

sábado, 4 de maio de 2013

Soneto 21

Não sou como aquela Musa,
Movida ao seu verso pelo adorno,
Que o próprio céu usa como ornamento,
E o belo com seu alento se insinua,
Par a par, comparando-se, orgulhoso,
Ao sol e à lua, às ricas joias da terra e do mar,
Com as primeiras flores de abril, e tudo o que é raro
Que os céus abarcam sob a abóbada imensa.
Ah, deixa-me ser fiel ao amor e à escrita,
E então, creia, meu amor é tão puro
Como de uma criança, embora menos luzidio
Que as fixas flamas douradas no manto celestial.
Deixa que digam mais do que tão bem ouvem;
Não louvarei senão o que eu puder defender.

(William Shakespeare)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Faraway Vol.2 - Apocalyptica

Sempre existe algo que o impede, você está sempre tão distante...
Sentimentos desertaram-me a um ponto sem retorno.
Não acredito em Deus, mas rezo por você...

Não fuja de mim, é por você que vivo, não vá. 
Não fuja de mim, sou vulnerável ao seu amor.

Não os deixem prendê-lo, afaste-se do sol...
Ele é brilhante demais para você. 
Seus olhos embaçam. Fique. Estou clamando seu nome. 
Não acredito em Deus, mas rezo por você. 

Não afaste-se de mim, é por você que vivo, não vá. 
Não afaste-se de mim, sou vulnerável ao seu amor.

Sempre existe algo que o impede, você está sempre tão distante...
Sentimentos desertaram-me a um ponto sem retorno.
As luzem esvaecem, estou tão perto de perdê-lo.

Não fuja de mim, é por você que vivo, não vá. 
Não fuja de mim, sou vulnerável ao seu amor.
Não afaste-se de mim...
É por você que vivo. 
Não. Não vá. 

Não afaste-se de mim, sou vulnerável ao seu amor.
Não afaste-se...

Mais uma vez a tradução foi feita por mim.