segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Capítulo XVI - E a Escuridão Não o Alcançou

" Olhe bem minha história e diga-me que ela não lhe oferece nada. Não acreditarei se me disser isso. (...)
Mas digo que da minha dor, da minha loucura, da minha paixão desaponta uma visão - uma visão que trago comigo eternamente e que lhe ofereço. É uma visão de todos os seres humanos, explodindo de fogo e mistério, uma visão que não posso negar, que não posso apagar, nem evitar, nem jamais subestimar ou dela escapar. 
Há quem escreva sobre dúvida e escuridão. Outros há que escrevam sobre a falta de sentido das coisas e a mansidão, a quietude. 

Eu escrevo sobre a sede de sangue que nunca é saciada. Escrevo sobre o conhecimento e seu preço. 
Preste atenção, eu lhe digo, a luz está dentro de você. Eu a vejo. Vejo-a em cada um de vocês, e sempre a verei. Vejo-a quando tenho fome, quando luto, quando mato. Vejo-a tremeluzir e morrer em meus braços quando bebo. É capaz de imaginar como seria se eu o matasse?
Reze para que nunca haja uma carnificina para que você possa ver essa luz que o cercam. Deus não permita que tenha que pagar esse preço. Deixe que eu pague-o por você... "

(Vittorio, O Vampiro. Anne Rice. Pgs. 203 -204)

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